A exposição virtual de longa duração “Manguinhos de Muitas Memórias: histórias dos trabalhadores técnicos da Fiocruz” tem como propósito estabelecer um lugar de memória para os primeiros trabalhadores técnicos, os antigos auxiliares de laboratório, que atuaram nos primeiros 30 anos de existência da Instituição. Esperamos que toda a comunidade Fiocruz e o público em geral, possam conhecer as muitas histórias desses trabalhadores, que estiveram lado a lado com os cientistas participando da construção da ciência e da saúde pública no Brasil.
O trabalho que deu origem à exposição foi a tese de doutorado intitulada A “grande família” do Instituto Oswaldo Cruz: a contribuição dos trabalhadores auxiliares dos cientistas no início do século XX, estudo cujo corpus principal foi a documentação pertencente ao Departamento de Arquivo e Documentação da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz. Dentre as fontes consultadas, destacamos aqui coleção de imagens do acervo da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, os Livros de Registros pertencentes à Seção Cadastro de Funcionários Estatutários e os depoimentos orais do Projeto Memórias de Manguinhos. Este último reúne um conjunto de entrevistas realizadas entre os anos de 1985 a 1989 que versam sobre a história do antigo Instituto Oswaldo Cruz (IOC), com depoimentos de antigos auxiliares de laboratório e pesquisadores da Instituição.
Dividida em oito módulos, ou salas expositivas virtuais, a exposição irá apresentar histórias biográficas, aspectos relativos ao trabalho, a educação, a moradia, as expedições científicas e às redes de amizade, companheirismo e solidariedade construídas por eles.
Para além de seus ofícios e do conhecimento adquirido no âmbito do trabalho no Instituto Oswaldo Cruz, os auxiliares de laboratório já traziam consigo outros saberes, vivenciais, ancestrais, em outras bases epistemológicas, compartilhando experiências comuns que se manifestaram através da música, do esporte e da espiritualidade.
A exposição promove ainda um diálogo entre o ambiente virtual e presencial, conectando-se com o Campus de Manguinhos através de “pontos de memória”: placas com textos interpretativos relacionando aquele local com a história dos personagens da exposição. As placas terão um QR Code que, quando acionado com a câmera do celular, transportam o visitante para o site da exposição virtual.
A exposição pretende ser um ambiente dinâmico, em constante atualização. Por ora, trazemos as histórias de um pequeno grupo de trabalhadores, mas queremos continuar emergindo muitas outras memórias daqueles que passaram pela Fiocruz, também em outros tempos históricos. Desta forma, este espaço se constitui como um lugar vivo, contemporâneo ao nosso cotidiano.
Embora falemos de um período ocorrido há aproximadamente cem anos, as histórias dessas pessoas se aproximam das nossas. Através destes personagens e dos legados deixados por eles, participamos da construção da identidade da Fiocruz e reafirmamos nossa contribuição em sua história.
Espaços Expositivos
Navegue pelas seções para descobrir com mais detalhes os aspectos da vida deste grupo de trabalhadores dedicados integralmente ao Instituto Oswaldo Cruz, atual Fiocruz. Veja como se davam as relações de trabalho em Manguinhos, seu cotidiano nos laboratórios e demais setores do Instituto, o trabalho nas expedições científicas, os aprendizados e o compartilhamento de saberes, a construção de redes de sociabilidades que se misturavam com seus momentos de lazer, cultura e religiosidade. Conheça suas lutas diárias e seus legados.
Pontos de memória
A exposição virtual se conecta a pontos de memória situados em locais estratégicos do Campus de Manguinhos. Por meio de QR Codes, buscamos integrar passado e presente, revelando outras histórias que compõem a memória da Fiocruz, da Ciência e da Saúde Pública no Brasil. Clicando nos ícones numerados no mapa abaixo, é possível saber a localização das placas dos pontos de memória.
LEGENDA:
1. CAVALARIÇA
2. PAVILHÃO DO RELÓGIO (PAVILHÃO DA PESTE)
3. PAVILHÃO FIGUEIREDO DE VASCONCELLOS (QUININO)
4. PAVILHÃO MOURISCO (CASTELO)
5. INI - INSTITUTO NACIONAL DE INFECTOLOGIA (PAVILHÃO EVANDRO CHAGAS)
6. EPSJV - ESCOLA POLITÉCNICA DA SAÚDE JOAQUIM VENÂNCIO
